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ANÁLISES   20/06/2013
Cepea: preço do café arábica cai pelo oitavo mês consecutivo em maio

Em maio, as cotações do café arábica recuaram novamente no mercado interno – esta foi a oitava queda no comparativo com a média do mês anterior. Devido à diferença entre o preço oferecido pelos compradores e o pedido por produtores, o ritmo de negociação continuou lento, a exemplo do visto no primeiro quadrimestre de 2013. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, teve média de R$ 297,25/sc de 60 kg em maio, 1% menor que a de abril. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), o contrato Julho encerrou maio (dia 31) a 127,05 centavos de dólar por libra-peso, queda de 6% em relação ao fechamento de abril e de 13,5% frente ao último dia útil de 2012. Por sua vez, a desvalorização acumulada do grão no físico brasileiro (Indicador CEPEA/ESALQ) ao longo deste ano chega a 15%.

Recuo nas exportações preocupa com a chegada da safra 2013/14

A elevada quantidade de café remanescente da safra brasileira 2012/13, a insatisfação dos produtores com os preços (inibe as vendas) e a chegada da temporada 2013/14 agravam as preocupações de vendedores quanto ao acúmulo de café arábica nos armazéns. Essa elevada oferta pode prejudicar o poder de negociação do produtor nos próximos meses. Muitos aguardam apoio governamental, principalmente via preço mínimo para escoar seus estoques. Desde o início de 2013, produtores só têm fechado negócios nos dias em que a alta na Bolsa de Nova York dá suporte para valores mais remuneradores no mercado nacional – situação pouco frequente no mês de maio, já que NY se aproximou dos níveis mais baixos dos últimos três anos.

A retração dos vendedores brasileiros tem se refletido nos embarques do grão. Apesar da colheita recorde em 2012/13, os embarques de café verde diminuíram 6,6% em maio/13 frente a abril/13, segundo a Secex. Este recuo frustrou agentes, que esperavam que a entrada da nova safra motivasse os produtores a escoar a produção. Na maioria dos dias, o que tem ocorrido não é falta de demanda, mas, sim, retração de vendedores. No acumulado da temporada (julho/12 a maio/13), a exportação nacional de café totalizou 25,2 milhões de sacas de 60 kg, 1,2% a mais do efetivado em igual período da temporada anterior, mas vale destacar que aquela (2011/12) foi de bienalidade negativa.

Quanto ao valor médio, houve sensível redução no acumulado da safra. A média de preço da saca do café verde exportado foi de US$ 197,70/sc, 27,3% abaixo do registrado no mesmo período de 2011/12. Com isso, a receita baixou US$ 2 bilhões frente à do período anterior. Esta queda nos valores e volumes das exportações se deveu principalmente à menor importação de alguns países europeus. O montante despendido pela Itália foi 29,3% menor em maio que em abril; as compras da Alemanha diminuíram 12,5% (em valor), as da Bélgica, 22,5% e as da Espanha, 35,6%. No total, estes países importaram 193,6 mil sacas a menos em maio que em abril, deixando de gerar US$ 36,5 milhões.

A matéria é da Esalq, resumida e adaptada pelo CaféPoint.

Fonte: Cafépoint
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