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NOTÍCIAS   09/05/2013
CNA critica novo preço mínimo e cobra intervenção

A presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, criticou o preço mínimo do café arábica, fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e defendeu a adoção, pelo governo, de mecanismos de intervenção no mercado, como Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e contratos de opção de venda, "única maneira de a medida surtir algum efeito prático para o produtor". Em nota, a presidente da CNA diz que os R$ 307 a saca de 60 kg estão abaixo dos custos de produção, "o que desmoraliza os cálculos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que identificou um custo de produção de R$ 336,13 por saca".

Para cobrir os custos de produção do cafeicultor, a CNA defendeu a fixação de um novo preço mínimo do café de R$ 340. O preço mínimo de R$ 307, divulgado nesta terça-feira, 7, pelo Ministério da Agricultura, representa uma defasagem de 9,71% em relação ao solicitado pelo setor. O valor de R$ 261,69, em vigor para a safra 2012/2013, foi fixado em 2009, muito aquém das atuais necessidades da cafeicultura.
Na nota, a CNA destaca que antes do anúncio do novo preço mínimo, previsto inicialmente para 28/4, a senadora levou aos ministérios da Fazenda e da Agricultura "o cenário de forte perda de renda do setor diante da crescente elevação dos custos de produção e queda dos preços de mercado".

Segundo a CNA, é preciso dar estabilidade ao produtor antes que a colheita do café se intensifique. "Na Zona da Mata, em Minas Gerais e Espírito Santo, os produtores já iniciaram a colheita. Levantamento feito pelo Campo Futuro/CNA aponta que os custos de produção estão acima de R$ 350 a saca, em regiões como Guaxupé/MG, Santa Rita do Sapucaí/MG e Manhumirim/MG, valor muito superior ao preço mínimo fixado pelo CMN. A cafeicultura de montanha, na região de Manhumirim/MG, tem trabalhado com um custo de produção total de R$ 571,28/saca, segundo dados do Campo Futuro 2012. Com a média do preço de venda nos últimos oito meses (de julho/12 a mar/13) de R$ 320,09/saca, o prejuízo por saca é de R$ 251,19, comprovando a grave descapitalização do cafeicultor."

Se levarmos em consideração que, em 2012, cerca de 25,4 milhões de sacas foram colhidas por produtores de regiões montanhosas, o prejuízo nos últimos oito meses ficou em torno de R$ 6,38 bilhões, afirma a presidente da CNA.


Fonte: Agência Estado
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