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MERCADO   13/01/2014
Café: Preços evoluem com possível queda na safra 2014

Entre o dia 20 de dezembro, sexta-feira, quando com a aproximação do período de festas, na prática se encerrou 2013 para os negócios de café, e a última segunda-feira, dia 6, o ambiente no mercado de café se modificou bastante.

No decorrer do mês de dezembro já se noticiava movimentos de recompra de posições em Nova Iorque, de fundos de investimento que começavam a se reposicionar, reagindo às informações que chegavam das origens, dando conta de problemas climáticos e menos tratos culturais nas lavouras de café, devido aos baixos preços pagos aos produtores.

Na última segunda-feira, dia 6, o mercado foi surpreendido com o relatório de uma tradicional exportadora de café, revendo sua estimativa para a próxima safra brasileira de café, que começará a ser colhida a partir de maio próximo. A Volcafé Ltd. (ED&F MAN) trouxe para 51 milhões de sacas, sua estimativa para a safra 2014, ante as 60 milhões de sacas informadas em seu relatório de novembro último.

As principais razões apontadas para a queda no volume anteriormente informado foram o aborto de uma grande quantidade de flores, principalmente no sul de Minas, maior região produtora de café arábica do Brasil, com o esgotamento dos cafezais após duas safras recordes e intempéries climáticas, e a posterior decisão de “esqueletar” e reformar os cafezais, tomada por um grande número de produtores. Este quadro já vinha sendo antecipado desde novembro por agrônomos de importantes cooperativas brasileiras.

Essa previsão, reforçada ontem com a divulgação pela CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento, de sua primeira estimativa para a safra 2014 de café no Brasil (A estatal apontou uma colheita entre 46,535 milhões e 50,151 milhões de sacas de 60 kg do produto beneficiado) estimulou os negócios no mercado físico brasileiro de café nesta primeira semana útil de 2014. Os preços começaram a evoluir, mas muitos vendedores ainda estão retraídos, aguardando uma melhor definição dos rumos do mercado.

Os números apresentados esta semana tornam ainda mais importante prever qual será o comportamento dos produtores que compraram as opções para venda de três milhões de sacas de café arábica ao governo federal.

Se o preço pago ao produtor de café arábica de boa qualidade no mercado físico não evoluir para 320 a 330 reais até fevereiro próximo, três milhões de sacas de café arábica deverão ser entregues ao governo, saindo do mercado por um longo período. Esse grande volume de café arábica de boa qualidade fará falta ao mercado. A quebra da próxima safra brasileira será principalmente no café arábica, com o sul de Minas apresentando a maior.

Até o dia 9, os embarques de janeiro estavam em 389.209 sacas de café arábica, e 19.640 sacas de café conilon, somando 408.849 sacas de café verde, mais 18.900 sacas de café solúvel, totalizando 427.749 sacas embarcadas, contra 433.622 sacas no mesmo dia de dezembro. Até o dia 9 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em janeiro totalizavam 663.222 sacas, contra 725.343 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 3, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 10, subiu nos contratos para entrega em março próximo, 430 pontos ou US$ 5,69 (R$ 13,46) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 3 a R$ 365,84/saca e hoje, dia 10 a R$ 377,44/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 130 pontos.



Fonte: Escritório Carvalhães.
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